terça-feira, 26 de janeiro de 2010

As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra


O sucesso na vida poderia ser definido como a expansão contínua da felicidade e a realização progressiva de objetivos compensadores. Por outro lado, o sucesso, que inclui a criação de riquezas, só é considerado possível com a participação de outras pessoas. É preciso que se aborde espiritualmente o sucesso e a abundância, como o constante fluxo de todas as coisas boas na sua direção. Com o conhecimento e a prática da lei espiritual, colocamo-nos em harmonia com a natureza e criamos sem ansiedade, com alegria e amor.

São muitos os aspectos do sucesso; os bens materiais são apenas um de seus componentes. Além disso, o sucesso é a jornada não o destino. A abundância material, em todas as suas expressões, é uma das coisas que tornam a jornada mais prazerosa. Mas o sucesso inclui também saúde, energia, entusiasmo pela vida, relacionamentos compensadores, liberdade criativa, estabilidade física, emocional, bem-estar e paz de espírito.

Mesmo que tenhamos a experiência de tudo isso, permaneceremos insatisfeitos se não cultivar¬mos a divindade que está dentro de nós. Na realidade, somos uma divindade disfarçada, somos embriões de deuses e deusas que, contidos em nosso ser, buscam a plena materialização.

O verdadeiro sucesso é, por isso, a experiência do milagre. É a divindade se abrindo em nosso interior. É percebermos essa divindade em toda parte, em tudo o que experimentamos – no olhar de uma criança, na beleza de uma flor, no vôo de um pássaro. Quando passamos a experimentar a vida e como a expressão milagrosa da divindade - não de vez em quando, mas o tempo todo saberemos o que significa verdadeiramente o sucesso.

Antes de definir as sete leis espirituais, o Dr. Deepak Chopra esclarece o conceito de lei:

"Lei é o processo pelo qual o não-manifesto se torna manifesto. Toda a criação, tudo que existe no mundo físico, é resultado do não-manifesto se transformando em manifesto. Tudo o que contemplamos vem do desconhecido. O universo físico nada mais é que o Eu se desdobrando para experimentar-se como espírito, mente, matéria. As leis físicas do universo, na verdade, representam esse processo, essa consciência em movimento.

Quando compreendemos essas leis e as aplicamos em nossa vida, qualquer coisa que desejamos pode ser criada, porque essas mesmas leis que a natureza utiliza para criar uma floresta, uma galáxia, uma estrela, um corpo humano podem realizar nossos desejos mais profundos."

1. Lei da Potencialidade Pura: Entre em contato reservando um momento do dia para ficar em silêncio, para apenas SER. Fique sozinho em meditação silenciosa pelo menos duas vezes por dia, trinta minutos pela manhã e à noite.

Reserve um período do dia para comungar com a natureza e observar em silêncio a inteligência que há em todas as coisas vivas.

Pratique o não-julgamento. Comece o dia dizendo: "Hoje, não julgarei nada nem ninguém". E lembre-se disso durante todo o dia.

2. Lei da Doação: Dê um presente em todo lugar que for, a todos que encontrar; esse presente pode ser um cumprimento, uma flor, uma oração. Ofereça sempre algo ou alguma coisa às pessoas com que entrar em contato. Estará, assim, desencadeando o processo de circulação de energia, de alegria, de riquezas, de abundância, na sua vida e na vida de outras pessoas.

Agradeça as dádivas que a vida oferece. E esteja aberto para receber. Deseje em silêncio, felicidade e muita alegria toda vez que encontrar alguém.

3. Lei do Carma ou da Causa e Efeito: Observe as escolhas que vai fazer a todo momento. Toda vez que fizer uma escolha, pergunte: "Quais serão as conseqüências? Trará felicidade e satisfação a mim e aos outros?"

Peça orientação ao seu coração. Se sentir conforto interior, siga adiante com a escolha. Se sentir desconforto, observe. O coração é intuitivo, e conhece a resposta certa.

4. Lei do Mínimo Esforço: Pratique a aceitação, dizendo: "Hoje aceitarei pessoas, situações, circunstâncias, fatos, como eles se manifestarem". Não se volte contra o universo, lutando contra o momento presente.

Aceite as coisas como elas são, assuma a responsabilidade pela sua situação. Desista da necessidade de defender seus pontos de vista e de convencer ou persuadir os outros. Permaneça aberto a todos os pontos de vista.

5. Lei da Intenção e do Desejo:
Faça uma lista de todos os seus desejos [ou anseios]. Olhe essa lista antes de entrar em silêncio e meditação. Olhe-a antes de adormecer. Olhe-a quando acordar.

Libere a lista de seus anseios no ventre da criação. Confie. Esteja consciente do momento presente.

6. Lei do Desapego: Comprometa-se, hoje, com o distanciamento, o desapego. Não force soluções de problemas.

Transforme as incertezas em um ingrediente essencial da própria experiência de vida através da sabedoria da incerteza, encontrará segurança.

Experimente a aventura da vida, com todo o mistério, diversão, magia.

7. Lei do Darma ou do Propósito de Vida: Você deve nutrir, com amor, a divindade que habita em você, no fundo de sua alma.

Preste atenção ao seu espírito [o ser interior], que anima seu corpo e sua mente.

Faça uma lista de seus talentos únicos. Depois, outra lista das coisas que adora fazer.

Diga então: "Quando eu expresso meus talentos, e os ponho a serviço da humanidade, perco a noção do tempo e crio abundância na minha vida e na vida de outras pessoas".

Pergunte diariamente a si mesmo: "Como posso servir? Como posso ajudar?" [Texto de Deepak Chopra. Extraído da Revista Planeta].

Sugestão: Comprove você mesmo a validade dessas leis espirituais, independentemente de sua crença religiosa. Experimente-as na prática diária e descobrirá como essas leis universais, podem beneficiar e mudar sua própria vida. [®]
Luz, Saúde e Paz! (Campos de Raphael).

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

VER PARA CRER - Historinhas da Sabedoria de Buda.

'Portal de Hórus'
Desvelando os Mistérios
VER PARA CRER - Historinhas da Sabedoria de Buda.
[Ache o Buda (Tela de Odilon Redon).1904]


'Os rótulos não devem condicionar a mente'.
"Que importância tem um nome? O que chamamos uma rosa, se tivesse outro nome, continuaria com o mesmo perfume". (Shakespeare).


Certa vez, monges brâmanes perguntaram à Soma, discípula de Buda: - "Se a condição de sábio é dificilmente alcançada por um homem, como pode a mulher atingir tal estado com sua mente limitada?"


- "Quando o coração está completamente tranqüilo, quando a consciência se alarga [se amplia], vê-se então a realidade; mas logo que pensam: 'sou mulher', ou 'sou homem', ou 'sou isso ou aquilo' - então a ilusão (Maya) se apodera dos seres". Sangitta-Nikaya c.1. ('Budismo - Psicologia do Autoconhecimento', p. 29).
A Verdade não tem rótulos. Ela não é budista, judaica, cristã, hindu ou muçulmana; nem é monopólio de quem quer que seja. Estes e outros rótulos sectários são obstáculos à percepção e à Compreensão da Verdade...
Estamos condicionados de tal modo a rótulos discriminativos que, ao depararmos com outro ser humano, logo o rotulamos de inglês, alemão, japonês, judeu, branco ou preto, católico, protestante, budista, etc. E o julgamos segundo os preconceitos e atributos condicionados em nossa mente; mas não raro acontece que o indivíduo está isento dos atributos que lhe conferimos...

O ensino de Gautama Buda [Budh, despertar, iluminar; Gau, terra; tama, o mais vitorioso], está repleto do espírito de completa tolerância, extensiva a todos os seres vivos. Defendia a igualdade de castas e a emancipação da mulher; afirmava que ela pode alcançar o grau superior de conhecimento, do mesmo modo que o homem, pois a "libertação transcende as formas e, por conseguinte, não depende do sexo"...



Assim como aconteceu com Jesus, nem sempre a vida do Buda correu em meio ao reconhecimento e a tranqüilidade... Existem dados que mostram obstáculos e calúnias que, como verdadeiro guerreiro [da Luz], ele enfrentava no meio de ascetas e brâmanes.

Buda dizia aos ascetas: “Se o homem, apenas pela recusa do alimento ou condições físicas desfavoráveis, pudesse conseguir libertar-se dos grilhões que o prendem à terra, o cavalo e a vaca já teriam atingido isso há muito tempo”...
E para os brâmanes: "Pelo que faz um homem ele é um sudra (casta inferior), ou da mesma forma é um brahmana (casta superior, sacerdotal). O fogo aceso pelo brâmane, ou pelo sudra, tem a mesma chama, calor e luz".
"Vigoroso e alerta, tal é o discípulo, ó irmão. Seguindo o Caminho do Meio, suas energias são equilibradas; nem é ardente sem medida, nem dado à intolerância"... Para quem busca a Verdade, é menos importante saber "se o ensinamento provém deste ou daquele mestre; o essencial é vê-la e compreendê-la"...

No Budismo não há dogmas... Para libertarmo-nos da dúvida é necessário ver claramente, "o que só é possível quando a Verdade vem através da visão interior, adquirida pelo autoconhecimento". ('Budismo: Psicologia do Autoconhecimento', p. 21/22. Pensamento. 1999].
Nota: 'Buda' [Do sânscrito, Budh), significa literalmente: 'Desperto', 'Supremo Iluminado': "Aquele que está liberto do sono da ignorância e inundado de Suprema Sabedoria". O termo Buda, portanto, pode designar qualquer pessoa que alcançou o estado de ser búdico. [®]

(Campos de Raphael)
HISTORINHAS DE BUDA


Certa vez, um grupo de sábios brâmanes foi visitar Gautama Buda, com o qual teve uma longa conversa. Então um jovem brâmane, chamado Kapatika, perguntou ao Mestre:

- Venerável Gautama, as antigas e santas escrituras dos brâmanes foram transmitidas de geração em geração, mediante uma ininterrupta tradição verbal, através da qual os brâmanes chegaram à conclusão absoluta de que a única verdade seria a deles e qualquer outra seria falsa.



Ouvindo isto, Buda perguntou: - 'Entre os brâmanes haverá um só indivíduo que pretenda pessoalmente saber e ter visto, por própria experiência, que esta é a única verdade e qualquer outra é falsa?'

- “Não, Senhor” - respondeu o jovem monge com toda a franqueza.
- 'Então, haverá um só instrutor, ou instrutor dos instrutores dos brâmanes, anterior à sétima geração,. ou ao menos um dos autores destas escrituras, que pretenda saber e ter visto, pela própria experiência, que é a única verdade e qualquer outra é falsa?'



- Não, Senhor! - disse o monge.

- "Então, é como uma fila de homens cegos; cada um se apoiando no precedente: o primeiro não vê, o do meio não vê e o último não vê tampouco. Por conseguinte, parece-me que a condição dos brâmanes é semelhante a esta fila de homens cegos".

Nesta ocasião, ele deu a esse grupo de brâmanes um ensinamento de extrema importância:

- “Um homem que sustenta a verdade deve dizer: 'esta é a minha crença', mas nem por causa disto ele deve tirar a conclusão absoluta e dizer: "Só há esta verdade, qualquer outra é falsa”. – Canki Sutta 95, Majjhima-Nikaya. (‘Budismo: Psicologia do Autoconhecimento’, p. 25).

2. 'Da Auto-responsabilidade em Aceitar as Coisas'

Certa vez, Gautama Buda visitou uma pequena vila chamada Kesaputra, no reino de Kosala, cujos habitantes se chamavam Kalamas. E eles lhe fizeram a seguinte pergunta:


- “Senhor, alguns anacoretas [ascetas peregrinos] e brâmanes que passaram por nossa vila divulgaram e exaltaram as suas doutrinas e condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros... Passaram outros que, por sua vez, divulgaram e exaltaram as suas doutrinas e também condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Mas nós, Senhor, estamos sempre em dúvida e perplexos, sem saber qual desses veneráveis expôs a verdade e qual deles mentiu”.

Então o Buda respondeu: - Sim, é justa a dúvida que sentis, pois ela se originou de um assunto duvidoso. Agora prestem atenção:


"Não vos deixeis guiar pelas palavras dos outros, nem por tradições existentes, nem por rumores. Não vos deixeis guiar pela autoridade dos textos religiosos, nem por simples lógica ou dedução, nem por aparências, nem pelo prazer da especulação sobre opiniões, nem por verossimilhanças possíveis, nem por simples impressão ou pela idéia: Ele é nosso mestre”.

Mas, Kalamas, desde que souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são desfavoráveis, falsas e ruins, então renunciai a elas… e quando souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são favoráveis e boas, então deveis aceitá-las e segui-las”... [Gautama, significa: "o mais vitorioso na terra"; Siddhartha (sânscrito), ou Sidarta, significa: "realização de todos os deuses"].

E, dirigindo-se aos bhikkhus [monges discípulos], disse:
- “Um discípulo deve examinar a questão mesmo quando o Tathagata ("Aquele que alcançou a verdade": Tatha, verdade; agata: alcançar) a propõe, pois o discípulo deve estar inteiramente convencido do valor real do seu ensinamento. Não acreditem no que o mestre diz simplesmente por respeito à personalidade dele”. (Kalama Sutra, Anguttara-Nikaya III, 65). - [Cf. ‘Budismo: Psicologia do Autoconhecimento’, p.23. Ed. Pensamento. 1999]
3. ‘Compaixão Para Com Todos os Seres Vivos’
“E aquilo que fizerdes ao menor destes meus filhos, a mim o fazeis. Pois eu estou neles, e eles em mim. Sim, estou em todas as criaturas, e todas as criaturas estão em mim. Alegro-me em todas as suas alegrias, e aflijo-me em todas as suas tribulações”. (Jesus). [Ver: ‘Jesus Condenava Maltratar os Animais' - 'O Evangelho dos Doze Santos’].


Certa vez o Mestre [Buda] observava um rebanho de carneiros que avançava lentamente conduzido pelos pastores. Chamou-lhe a atenção uma ovelha com dois cordeirinhos, sendo que um deles, ferido, caminhava penosamente. Buda tomou o cordeirinho ferido em seus braços e exclamou:

- “Pobre mãe, tranqüiliza-te. Para onde fores, levarei teu querido filhote”. - E pensou: “É preferível impedir que sofra um animal, a permanecer sentado nas cavernas contemplando os males do universo”.
Sabendo pelos pastores que, por ordem do rei, o rebanho seria levado, à noite, para o sacrifício e imolado em honra aos deuses, Buda falou:
- “Quero ir convosco”. - E os seguiu pacientemente, carregando o cordeirinho nos braços.

Chegando à sala dos holocaustos, observou os brâmanes recitando mantras [palavras e frases de poder sagrado no Hinduísmo], e avivando o fogo que crepitava no altar. Um dos sacerdotes, apoiando a faca no pescoço estirado de uma cabra de grandes chifres, exclamou:

- Eis aí, ó deuses, o princípio dos holocaustos oferecidos pelo rei Bimbisara. Regozijai-vos vendo correr o sangue e gozai com a fumaça da carne tostada nas chamas ardentes; fazei com que os pecados do rei sejam transferidos a esta cabra e o fogo os consuma ao queimá-la; vou dar o golpe fatal.


Aproximando-se, Buda disse docemente: - "Não a deixeis ferir, ó grande rei!" - E ao mesmo tempo desatou os laços da vítima, sem que ninguém o detivesse, tão imponente era seu aspecto.

Então, depois de haver pedido permissão, Buda falou da vida que todos podem tirar, mas ninguém pode dar; da vida que todas as criaturas amam e pela qual lutam; a vida esse dom maravilhoso
e caro a todos, mesmo aos mais humildes; um dom precioso para todas as criaturas que sentem compaixão, porque a compaixão faz o homem doce para com os débeis e nobre para com os fortes.


Emprestou às bocas do seu rebanho palavras enternecedoras para defender sua causa; demonstrou que o homem que implora a clemência dos deuses não tem misericórdia, ele que é como um deus para os animais; fez ver que tudo o que tem vida está unido por um laço de parentesco; que os animais que matamos nos deram o doce tributo do seu leite e de sua lã e colocaram sua confiança nas mãos dos que os degolam. E acrescentou:

- “Ninguém pode purificar com sangue sua mente; se os deuses são bons, não podem comprazer-se com o sangue derramado; se são maus, não podem lançar sobre um pobre animal amarrado o peso de um cabelo dos pecados e erros pelos quais [o homem] deve responder pessoalmente. Cada um deve dar conta de si mesmo, segundo a aritmética invariável do universo, dando a cada um sua medida segundo seus atos, suas palavras e seus pensamentos. Esta lei exata, implacável e imutável vigia eternamente e faz com que todos os futuros sejam frutos do passado”...

Falou assim, com palavras tão compassivas e tal dignidade, inspirado pela compaixão e justiça, que os sacerdotes se despojaram dos seus ornamentos e lavaram as mãos vermelhas de sangue. E o rei, aproximando-se de Buda, o saudou com as mãos juntas”. (‘Luz da Ásia’, tradução de Edwin Arnold. Pensamento). [®]

"Como o eco pertence ao som e a sombra à substância, assim o mal recairá sobre quem o causou; abstém-te, pois de atos maus!". (Buda).
[Cf.‘Budismo: Psicologia do Autoconhecimento’, p.25/28. Dr. Georges da Silva & Rita Homenko – Editora Pensamento. 1999].
Luz, Amor e Paz! (Campos de Raphael)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

CAMINHO DE SANTIAGO: 'ANJOS E DEMÔNIOS' - Divertido Relato de Anna Sharp.

‘Portal de Hórus’
‘Desvele os Mistérios’ Intróito: “Anna Sharp mostra em seu livro [‘A Magia do Caminho Real’], que a caminhada espiritual não é feita de insegurança e temores, mas sim da coragem que cada um precisa ter para seguir ao encontro de Deus”... (Paulo Coelho). - “O livro de Anna Sharp me fez ter uma nova visão do cotidiano, pois aprendi nele que a magia não está numa “iniciação” ao alcance de poucos, mas na vivência profunda da vida comum”. (Rose Muraro).

(Campos de Raphael)


'Anjos e Demônios' - Relato de Anna Sharp.
(Extraído da obra 'A Magia do Caminho Real')


Por não estar acostumada aos hábitos espanhóis, caminhei durante uma eternidade de sete dias, sem encontrar ninguém. Acordava muito cedo, entre cinco e seis horas, e já partia, seguindo o mapa do caminho que atravessava bosques, montes e vales, passando por alguns povoados e poucas cidades grandes. Passei a mais horrível das solidões durante esta primeira semana...

O medo terrível do desconhecido, atravessando florestas e subindo montanhas, seguindo trilhas que por vezes se perdiam dentro do mato, buscando as setas amarelas supostamente indicadoras do caminho, mas muitas vezes invisíveis, escondidas pela vegetação ou apagadas pelo tempo; passando por pueblos que pareciam fantasmagóricos com suas igrejas por vezes suntuosas, e casas medievais, portas e janelas sempre fechadas…

Não encontrava ninguém com quem pudesse conversar ou pelo menos para me fazer sentir viva e construir, nem que fosse por um momento, um laço de cumplicidade. Em alguns momentos pensava ter morrido, sem perceber, e estar vagando por mundos desconhecidos; em outros, vitima de algum encantamento, me tornava invisível; a cada momento passavam em minha mente mil fantasias de todas as ordens.

Apenas uma vez, em Puente La Reina, vi três mochilas num refúgio; encantada, resolvi não sair dali
até seus donos chegarem para, então, fazer algum contato. Não agüentei o cansaço e adormeci; quando acordei, mais tarde, já tinham sumido. Sempre que chegava em algum povoado ou cidade, buscava, correndo, algum bar para comer ou me abastecer de comida. Os rostos estranhos me olhavam como se eu não existisse; tentava às vezes um sorriso como aproximação, mas sempre inutilmente.

Havia combinado, com Paulo, ligar para certo número de telefone, de três em três dias, e dar a minha localização; quando isso acontecia, meu único contato com o mundo, mostrava-se lacônico ou inteiramente indiferente aos meus esforços e queixas. Passava por momentos de carência avassaladora, quase enlouquecendo dentro daquela solidão total; a perda dos referenciais, a cada passo, me atirava mais e mais profundamente no desconhecido dentro e fora de mim...

À medida que avançava, a constatação de minha total incapacidade de realizar a tarefa se tornava mais óbvia, me vendo aprisionada num beco sem saída entre o Caminho e o fracasso, o orgulho e a vaidade feridos perante os que admiravam a imagem nada real de supermulher que eu projetava. Dentro de mim havia a certeza de que desta vez não haveria atalhos, nem ninguém para me dar “cola”. Minhas máscaras, assim como as lágrimas, foram caindo ao longo do Caminho, povoado apenas pela solidão…

Os rituais da Tradição, os salmos desconhecidos, através dos quais tinha que me dirigir a Deus respeitosamente, foram me distanciando Dele, até então amigo íntimo e companheiro de todas as horas; aquele “Altíssimo” dos salmos era um desconhecido para mim...

O Universo, simbolizado pela imagem de Cristo, com quem discutia, agradecia e pedia, parecia-me agora bem longe, perdido num céu alto e distante, onde minha voz não era mais ouvida, por mais que eu berrasse e clamasse em direção ao Infinito. Ao vazio da paisagem árida que atravessava se unia agora o meu vazio interno...

Uma tarde, caminhando debaixo de um sol implacável, caí exausta sob o p
eso da mochila… Grossas lágrimas de desespero rolavam pelo meu rosto ardido e queimado pelo sol. Aquele vazio, a insegurança, o cansaço e o medo chegaram a níveis insuportáveis. Com uma semana apenas de caminhada, a impressão era de que já se havia passado anos desde que eu deixara o Brasil.

Soluçava alto como uma criança desamparada, amaldiçoando aquele “Senhor” que não me ouvia. Minhas forças haviam chegado ao final. Uma raiva incontrolável tomou conta de mim. Abri a mochila e aos arrancos tirei de dentro dela todos os objetos dos rituais atirando-os fora, pisando, quebrando e rasgando os salmos, enquanto gritava e blasfemava com violência. Perdi totalmente o controle, lançando-me no chão duro cheio de pedras e pequenos espinhos, sem nada sentir, berrando e xingando numa catarse nunca vivida antes…

Durante muito tempo fiquei ali deitada na terra quente, chorando e pedindo ajuda, um sinal, um milagre, sei lá… Nada… Nada, nenhum sinal de vida sequer, nem uma formiga para me indicar algo… Lentamente me dei conta do ridículo da situação, e procurei me acalmar e raciocinar:

- Tenho que sair daqui - falei ameaçadoramente, enquanto assoava o nariz com a mão… Vou chegar ao primeiro povoado, tomar um ônibus para Madri e enfrentar o fracasso. Levantando e arrumando a mochila nos ombros machucados, assimilei a imensa lição que estava recebendo, ou melhor, havia procurado...

Tenho que arrumar uma desculpa convincente para explicar a minha desistência, pensei: “Como vou encarar Billy, as crianças, meus alunos que tanto apostaram em mim?” Afinal, não importa. É bom que vejam o lado positivo da fraqueza e que se conscientizem de que têm uma mulher, mãe e mestra que, embora aventureira, é frágil e humana como todos. Enquanto me consolava com essas idéias, fazia planos de umas férias em Santander com minha amiga antes de voltar ao Brasil.

Decidi me livrar de um pouco do peso, já que ia voltar naquele mesmo dia, e tirei da mochila vários objetos, material de farmácia para curativos das famosas bolhas nos pés dos peregrinos (não tive nenhuma!), cremes, uma muda extra de roupa, deixando apenas uma para alguma emergência, ficando somente com o mínimo necessário.

O Paulo [Coelho], então, é um grande mentiroso! Me apavorou com as bolhas, me fez trazer agulha para costurá-las, que horror, como se eu fosse ter coragem para tanto; o papo furado de anjos e demônios… O que será que ele pretendia comigo, sabendo que na volta poderia desmascará-lo? Que teatro ridículo, pensei revoltada. Um guiazinho de merda é o que ele é. Esse mestre nem deve existir, deve ser uma técnica de marketing para vender livros…

Quem sabe não seria melhor combinar com Marli de ficar em Madri ou em Santander durante o resto do mês e deixá-los pensando que estou fazendo o Caminho? Enfim, a vida é minha e não devo explicações a ninguém…


Essa me pareceu uma idéia brilhante, que resolveria todos os meus problemas!Sim, claro que não preciso contar a ninguém. A lição é só minha e não preciso me humilhar publicamente, pensei, sentando novamente no chão para articular melhor sobre como concretizar esse projeto.

Faço a Marli jurar que nunca contará a ninguém, ficará um segredo e uma cumplicidade apenas entre nós duas, planejei, sorrindo de satisfação, me lembrando de nossa amizade. Será que ela continua a mesma? Uma suspeita sobre a sua confiabilidade passou por minha cabeça, afinal, há muitos anos não convivíamos, e talvez…

Olhei os montes áridos e cheios de pedras vermelhas que me cercavam; o sol brilhava inclemente no azul do céu… Até onde minha vista podia alcançar, nem um arbusto, nem um verde, nem sombra de vida, nada se mexia no céu sem nuvens…


- Que terra maldita essa aqui. Morreu e não sabe - ironizei com raiva. - Talvez seja melhor ficar os dias que me faltam numa simpática pensãozinha de um povoado qualquer e até aproveitar para escrever um livro…


É, estou precisando de umas férias e creio que esta é a melhor opção; o ser humano já me mostrou suficientemente suas fraquezas para eu saber que a confiança irrestrita não existe e, na verdade, se um dia esse segredo vazasse, eu ficaria completamente desmoralizada. Definitivamente, não posso ficar nas mãos dela. Vou para uma pensão e fico sozinha, é mais seguro.


Estudei o mapa e vi que faltavam setecentos quilômetros até Santiago; a próxima cidade se chamava Fromista, onde pretendia chegar e ficar incógnita uns quinze dias. Em volta de mim, espalhados no chão, os salmos rasgados, a colcha estraçalhada que deixava de herança para o próximo idiota que passasse por ali...


Tenho setecentos quilômetros de vaidade e orgulho, pensei, me examinando honestamente. Que horror, tantos anos trabalhando internamente para me livrar dessas características e ai estavam elas, intactas.


- Setecentos quilômetros… Me senti presa, dentro de uma armadilha criada por mim mesma. O desejo era de voltar para casa tranqüilamente, mas a vaidade e o orgulho não permitiam… Chorei rendida. Fui vencida… ninguém precisa saber, mas EU sei que fui vencida, não só pelo Caminho, mas principalmente pela vaidade que não me permite fazer o que quero: voltar para casa...


De repente me lembrei de Paulo [Coelho], de sua conversa ridícula sobre encontros com demônios e anjos pelo Caminho… Olhei receosa a minha volta sentindo uma tênue presença, talvez criada pela minha imaginação.

- É verdade – murmurei para mim mesma. – Aqui está o meu demônio… e o nome dele é VAIDADE. Constatando a minha impotência, olhei mais uma vez tristemente para o mapa. Se eu desistir, ninguém vai saber, mas “eu” nunca mais vou poder me admirar… perderei o respeito que consegui sentir por mim durante todos esses anos.

Que fazer, meu Deus? Não agüento mais viver esse pesadelo e também não me permito desistir… Durante alguns minutos fiquei ali incapaz de tomar uma decisão. Finalmente, chorando de impotência, vi que só me restava uma alternativa: seguir…

- Vou chegar! Nem que morra pelo caminho, eu vou continuar por causa dessa merda de vaidade imensa que me aprisiona. Desisto! Sou impotente perante mim mesma… nada do que fiz adiantou! Levantei dolorida e decidida a ir de uma vez, enquanto examinava o corpo, arranhado pelos espinhos pequeninos da vegetação rala e rasteira; me arrumei o melhor que pude e levantei a mochila, ligeiramente mais leve.

Ao colocar o chapéu de abas largas, observei um passarinho que dava voltas no ar... Olhei extasiada para o primeiro sinal de vida que via em muitas horas. Subitamente, aproximou-se e pousou na mochila vermelha já em meus ombros...

Parei de respirar, estarrecida. Fiquei imóvel durante o que me pareceu uma eternidade. Muito lentamente, fui virando a cabeça para não assustá-lo, enquanto o ouvia cantar; a cada segundo que passava, uma certeza louca penetrava em meu coração: é o sinal… é o Universo me respondendo e falando comigo, é meu Amigo que finalmente me ouviu!…

Durante hora e meia andei acompanhada pelo passarinho, que ora estava pousado em mim, ora se afastava para um pequeno vôo, voltando alegremente em seguida. Tudo à minha volta havia mudado. O dia estava lindo! A natureza, antes gasta e árida, me aparecia agora uma velha senhora cheia de sabedoria e vida, com muitas histórias para contar, tentando me transmitir seus segredos seculares…

A brisa suave trazia de longe o doce perfume das ervas e o silêncio me apaziguava, enquanto eu, cuidadosamente, agora desviava o pé quando encontrava qualquer inseto, observando-os com respeito e percebendo-os como mais uma das infinitas formas da manifestação do Divino. 0 planeta emanava sacralidade. Me senti plena integrada ao Todo… parte incontestável do Todo!

Subi o morro íngreme sem nenhum cansaço e, sem perceber, cheguei ao alto, onde via ao longe um rebanho de carneiros brancos e a figura solitária de um pastor. O que foi mesmo que Paulo me havia falado sobre os rebanhos? Era o primeiro que via. Ah sim, me lembrei:


- “Sempre que vir um rebanho, lembre-se da Tradição”… - dissera ele. - Obrigada Paulo, obrigada Mestre Jean, obrigada Tradição - repeti emocionada. Pouco depois cheguei a uma pequena e semidestruída fonte que derramava, brincalhona, um jorro de água gelada; havia uma placa com a inscrição: Fuente del Piojo (Fonte do Piolho). Ri deliciada; sou um piolho do Universo, sentindo que agora de mim jorrava sem parar a fonte da felicidade e a visão da magia da vida…


O pequeno pássaro (teria sido um anjo?!...) bateu suas diminutas asas e senti que desta vez não voltaria; acenei num gesto de adeus simbólico, pois sabia agora que não estava só; que jamais estivera só; que nunca estaria… Tudo era parte do Todo e a solidão era uma grande ilusão…

Soltando a mochila, tirei a roupa e entrei na fonte, refrescando o corpo suado e sentindo os músculos revitalizados pela água que escorria garganta abaixo como o mais delicioso néctar que poderia existir; era o precioso presente da Mãe Terra aos seus filhos amados. Enquanto secava ao sol, leve e relaxada, senti que naquela integração e aceitação das manifestações divinas todo e qualquer julgamento havia se esvaído de mim...

Vi a enorme culpa que vinha carregando inutilmente por toda uma vida: a culpa de
ser livre. A culpa de nunca haver conseguido me enquadrar em esquemas ou grupos; o que achava ser uma dificuldade tinha sido, na verdade, a qualidade motora de minhas buscas, responsável por tantas mudanças internas e externas, pelo não-conformismo a um sistema de crenças forjado por outros; por ter tido a coragem de buscar minhas próprias experiências e ver “o que” a vida me mostrava de real...

Aceitação era a palavra-chave. Aceitação era Deus! Vi nitidamente a peça que faltava no imenso quebra-cabeça que vinha montando há anos em busca da felicidade… Agora havia descoberto Deus em Sua plenitude de manifestações e eu era uma delas, com ou sem vaidade… Senti que estava exorcizando o meu demônio: - “A culpa de ser um ser livre! A culpa de ser o que sou!...” [®]


['A Magia do Caminho Real’, p. 70/77. Anna Sharp. 1993. Editora Rosa dos Tempos].

Conheça tb. textos outros em: www.magisterlux.com/ (Ensinos-Luz)


(Campos de Raphael)

ANJOS & ANIMAIS, SINAIS & COINCIDÊNCIAS - Uma História Real. (Campos de Raphael)

‘Portal de Hórus’
‘Desvele os Mistérios’
“Os anjos estão sempre a nosso redor e cuidam de todos os seres”.


Existem pessoas céticas que não acreditam em anjos, e me lembra um dito popular ouvido de passagem na cidade de Barcelona: ‘Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay’...


Na verdade os anjos guardiães estão sempre a nosso redor e cuidam amorosamente de todos os seres, atuando num canal de freqüência invisível à nossa visão comum… E além disso, a correria e o "agito" nas grandes cidades, tende a deixar despercebido as ‘coincidências significativas’ e os ‘sinais angélicos’ que ocorrem em nossas vidas... Mas, basta estar atento, ter a mente aberta e o coração receptivo, para passar a percebê-los em nosso dia-a-dia...

No livrinho ‘Você Tem Um Anjo da Guarda’, John Ronner conta que no sermão à congregação um pastor brincou: “A maior prova que eu sei da realidade dos anjos da guarda é que alguns de vocês estão vivos, mesmo dirigindo um carro como dirigem”… Ainda assim, mesmo céticos teimosos reconhecem já terem sentido, em momentos difíceis ou ocasiões de perigo, uma presença invisível, amorosa e reconfortante…


Mas, talvez seja mais fácil entender como essas coisas acontecem, através desta experiência pessoal: Quando morávamos em São Pedro da Serra (RJ), num recanto rural logo após o final da rua principal, sempre abríamos cedo a porta para o nosso ‘fox-paulistinha’ sair; ele preferia fazer suas necessidades naturais no gramado ao redor… E certa manhã encontrei uma peninha marrom caída bem no meio da soleira de entrada da casa; era da corujinha-do-mato que costumava se abrigar sob o telhado, ao amanhecer; mas pressenti na peninha um sinal angélico: ela radiava uma energia especial…

Contei o fato à minha esposa no café da manhã e disse: “Espero que seja um ‘sinal’ de alguma coisa boa”… Saímos para ir ao supermercado rural e na volta… surpresa! Na soleira da porta de entrada um gato ‘vira-latas’ da rua parecia aguardar-nos; até aí nada de mais… Desde que viemos morar nesta casa com alta varanda aberta, ele descobrira a ração deixada para nossos gatos e vinha saciar a fome; naquela manhã, porém em vez de escalar a varanda como sempre fazia, nosso ‘hóspede’ nos aguardava no lugar em que achamos à peninha da coruja e, sentado, protegia entre as patas dianteiras um gatinho de poucas semanas!…

Ele olhou bem dentro de nossos olhos, como fazem quando tentam se comunicar conosco, e captamos sua mensagem telepática: “Ele perdeu a mãe. Vocês podem cuidar dele?” - Fêmeas normalmente carregam os filhotes na boca para lugar mais seguro, mas um macho nos trazer um gatinho assustado para cuidarmos, era realmente inusitado! Não desejávamos outro gato, pois dois já nos ‘possuíam’. Um deles chegou também filhote, quando morávamos no litoral paulista, à beira do rio Itanhaém... Ganháramos antes o primeiro fox-paulistinha, companheiro até de viagens e jamais me interessara por gatos, devido a preconceito inconsciente, herança do interior mineiro: "Gato gosta da casa, não gosta da gente"...

'Vivendo e aprendendo'… Desde que minha esposa recolhera aquele gatinho paulista no jardim do prédio, somente ela o alimentava e cuidava dele. Amarelo-tigrado, vivaz e saltitante, logo o batizamos de Pipoca, depois apenas ‘Pipo’. Acredite, foi um dos ‘mestres’ entre outros na minha vida… Sua inteligência e demonstração insistente de carinho “implodiu” o alicerce insensato do velho preconceito contra estes belos felinos, adorados no Antigo Egito na forma da deusa-gata, Bastet, até c. 107-767 a.C...

Misteriosamente Pipo descobriu como abrir a porta do corredor, entre a sala de estar e os dormitórios, dependurando-se na travessa do trinco, talvez ao observar que baixávamos a maçaneta para abri-la… Mas ao cair da noite, ‘pedia’ para sair: sentava-se diante de nós até que o olhasse; corria então para a porta de saída do apartamento e esticava a patinha para tocar a chave na fechadura, numa linguagem acessível à nossa burrice humana…Aguardava o elevador e descia conosco ao jardim, onde se sentia livre para saltar sobre o muro e dali ao telhado da garagem, indo atrás das gatinhas da vizinhança…
Morávamos no sétimo andar e quando ele queria voltar para casa podíamos vê-lo aguardando no jardim, o olhar fixo na porta do elevador da Portaria. Absorvido na leitura e anotações me esquecia às vezes de buscá-lo, e de repente sua imagem surgia clara na minha mente para me lembrar…
Certa noite olhei e 'Pipo' ainda não chegara ao lugar habitual no jardim; mas como percebera indícios de sua linguagem telepática, decidi tentar contato mental com ele enviando-lhe a imagem de que descia no elevador para buscá-lo; e mal abri a porta ele já adentrou rápido, ao invés de aguardar lá fora; repeti a experiência outras vezes e a comunicação telepática entre nós se confirmou…

Na sala de estar colocáramos uma mesa redonda estrategicamente junto à janela envidraçada, o lugar predileto para ler, fazer anotações e descansar os olhos na paisagem: podia contemplar à esquerda a floresta da Serra do Mar e o manguezal verde, santuário de bandos de aves marinhas e garças; logo abaixo da janela à minha frente, o rio Itanhaém mansamente fluía para a foz no mar próximo e se podia ouvir o farfalhar do vento nas palmeiras… Pipo adorava subir na mesa e vir esfregar carinhosamente seu ‘focinho’ no meu e ronronava de satisfação ao deitar sobre meus escritos para receber afagos ou simplesmente me fazer companhia…

Em 1993, a internação inesperada de meu pai na emergência do Hospital Andaraí do Rio de Janeiro. Eu era o primogênito e os outros três filhos moravam então na Europa e precisei viajar ao Rio para servir-lhe de acompanhante, aguardando a chegada das irmãs minhas residentes na Inglaterra. Afortunadamente, um amigo inglês deixou-nos à disposição seu 'apart' no 24º andar do 'Edifício Apolo', na Praia de Botafogo; e dele se contempla a maravilhosa Baía da Guanabara, a Serra do Mar, Niterói, Pão de Açúcar, Urca, Enseada de Botafogo, Cristo Redentor, até a Pedra da Gávea…

E por misteriosa sincronicidade o 'Edifício Apolo’, fica defronte à pracinha onde ocorreu o reencontro com minha esposa 40 anos antes e a delinear-se ali a tessitura do nosso destino...
E quem estudou a mitologia grega sabe que Apolo, o "deus da luz", conecta-se aos mistérios de Delfos e ao "Conhece-te a ti mesmo"... Patrono da verdade, da música e da medicina e das predições, alguns acham que Apolo ganhou maior destaque na Grécia antiga por desvendar os ditames do Destino… Diz o mito que logo após nascer Apolo matou a serpente-dragão Python que dominava Delfos; e fundara ali o Oráculo…

Outra lenda grega conta que, por divina incumbência, duas águias partiram do extremo da Terra para assinalar o centro sagrado do mundo; uma partiu do Oriente e outra do Ocidente e o encontro se deu em Delfos. [Águia, simboliza o 'Espírito divino', nas mais antigas culturas]. E a águia dupla que aparece nos brasões europeus provavelmente se inspíraram nesse mito grego...
Por outro lado, o mito de Apolo sinaliza que o 'Deus da luz’ encontra-se no centro sagrado do mundo; em nosso microcosmo corresponde ao santuário do coração. É neste lugar sagrado que o Espírito divino pode nascer -, em "Delfos", ou se preferir em "Belém". O poeta místico Angelus Silesius, diz: "Se Cristo nascer mil vezes em Belém, e não em teu coração, continuarás extraviado"...
Certa noite no ‘Edifício Apolo’, sonhei com um alto pico rochoso e acordei com a premonição de que se completara nosso ciclo em São Paulo e podíamos retornar ao Rio. Voltei à Itanhaém e contei o sonho a minha esposa, no entanto ela me disse que não sentia isso e além do mais, temia o forte calor no Rio de Janeiro… A experiência da vida nos dá a compreensão de que decisões que afetam a outrem, jamais devem ser forçadas e o melhor é entregar as coisas à divindade interior, ‘Deus em ti’, - o “Pai em secreto” (Mateus, 6:6). Havia em mim, porém a certeza íntima de que, se a intuição estava correta, o ser interior nos abriria as portas na hora certa e aí tudo passaria a fluir naturalmente…

Meu pai sobreviveu à operação e quis viver os últimos dias junto aos netos na Europa… Dois anos mais tarde em Itanhaém, veio um sonho mais explícito: Estava num local montanhoso e uma jovem de suave beleza angelical me mostrou a moradia que nos estava reservada; ao adentrá-la fui a sua alta varanda e dali podia avistar os telhados de um lugarejo, detrás do qual se elevava o alto pico do sonho anterior…

E durante o café da manhã, enquanto descrevia o sonho, me veio um lampejo: “O lugar lembra Friburgo. Quer voltar a morar em Friburgo?” – O brilho no olhar antecipou a resposta. Quando se busca conectar nosso “Pai em secreto” (‘Deus em ti’), tudo flui na hora certa…

Colocamos à venda o imóvel de Itanhaém e o dono de um Cartório da cidade se interessou esse pedacinho de paraíso. Antes da mudança vim a Friburgo em 1996 e o dono do hotel me indicou um apartamento à venda no edifício em que residia no centro da cidade, e “achei” a ampla sala que minha mulher queria e com linda vista para as montanhas ‘Três Catarinas’.

('Catarina’, talvez nem friburguenses saibam, reporta-se às ‘monjas cátaras’ do Sul da França, e 'cátaras', significa puras)… Natural da Áustria, minha esposa, viera residir em Friburgo aos nove anos, onde viveu com os pais até 1951, quando foi trabalhar no Rio, no mesmo bairro e próximo de onde eu morava…

Em 1980, fomos conhecer Carcassonne e ao avistarmos da estrada a cidade com suas muralhas medievais sobre o monte, minha esposa entrou em pânico e caiu num pranto incontrolável… Ao adentrar suas ameias, registros do passado afloraram do ser profundo e ela não só me mostrou uma casa no campo abaixo dos muros da cidade, onde residira há 700 anos atrás, como ‘viu’ a si mesma idosa em vestes de monja cátara e aprisionada na histórica Cruzada contra os Albigenses, em 1209! Mas, esse relato fica para outra ocasião…

Voltemos então ao presente: Três anos após estar residindo em Nova Friburgo, fomos conhecer São Pedro da Serra e sentimos ali uma atmosfera especial. E ao caminhar por lugares afastados do centro, descobrimos que a energia era irradiada do pico Montfort, detrás do lugarejo; na volta do passeio, vimos casualmente uma casa para alugar à beira da estrada; senti o impulso para adentrá-la e ao chegar à varanda reconheci os telhados e a montanha vista no meu sonho - era o Montfort!…

E dele irradiava a atmosfera de paz experienciada na primeira vez que galgamos a trilha que serpenteia a Montségur, no Sul da França - templo e fortaleza do Graal dos monges cristãos, cátaros, queimados vivos nas fogueiras após sua rendição aos ‘Cruzados’ em 16-03-1244…
Movidos então por forte impulso íntimo, não tivemos dúvidas em deixar Friburgo e ir morar naquela casa… Ganháramos outro ‘Foxy’ e eu não desejava ter um terceiro gato. Mas, como resistir ao apelo incrível do felino e seu assustado gatinho, precedidos por um sinal angélico?!
Tudo aconteceu em 17 de fevereiro de 2001 -, jamais esquecemos a data! Precisávamos dar nome ao gatinho que nos ‘caiu dos céus’, e veio à mente a obra ‘Anjos Cabalísticos’ de Monica Buonfiglio; e o gênio desse dia ‘Veuliah’, é um ‘anjo de cura’ da categoria de Raphael. Se pensa que invento coisas confira a data. Clic: ‘Conheça o seu Anjo da Guarda’.

Na época, certo canal de TV exibia a novela ‘Um Anjo Caiu do Céu’, que iniciava com a peninha caindo dos céus (inspirado no filme ‘Forrest Gump - O Contador de Histórias’). Na novela o personagem que representava o anjo Raphael, tinha apelido de ‘Rafa’. E decidimos chamar de ‘Rapha’ - que significa ‘curar’, ao gatinho traumatizado…Três meses depois voltei a consultar o livrinho no meu aniversário. Esquecera o nome do anjo da guarda de meu nascimento... E adivinhe quem era? - ‘Veuliah’ de Raphael! Mera coincidência ou Veuliah nos presenteara aquele gatinho tão especial?!

E para fechar a história: Mais tarde, descobrimos que a mãe do gatinho morrera após comer carne envenenada deixada por um vizinho. Até então adorávamos a tranqüilidade e a energia especial do lugar, mas depois dessa crueldade retornamos para Friburgo, antes que nossos gatos e Foxy caíssem na mesma armadilha…

Já de volta à Friburgo, achamos uma gatinha jogada na rua; penalizados a levamos para o apartamento; ela se parecia com ‘Rapha’ e atuou a lei natural: ‘semelhante atrai semelhante’. ‘Rapha’ não fôra castrado e só lembramos após o "leite derramado"… Resultado: mais seis gatinhos em casa!.. A convivência com estes ‘pequeninos irmãos’, porém nos fez descobrir que suas almas não morrem e são assistidas também por anjos guardiães. A presença de animais domésticos atrai e “ancoram” seus anjos em nosso lar!

E para quem não acredita na vida após a morte também dos animais, vou contar ainda outro fato: 'Pupi', uma gata cinza de olhos azuis, amiga do 'Pipo', nascera dentro de nossa casa em Itanhaém; minha esposa auxiliara no parto e a Pupi se afeiçoara particularmente a ela e viera conosco na mudança para Friburgo. Um dia almoçamos fora e na volta a encontramos deitada no corredor de entrada do apartamento como se estivesse dormindo, mas logo descobrimos que o coração não batia mais...

Durante dias minha mulher se recriminou por não perceber que estava doente e deixado de cuidá-la. E certa noite a Pupi lhe apareceu em sonhos na companhia de um grupo de gatos; aproximou-se e explicou que a 'matilha' dela viera buscá-la. Agradeceu o amor e carinho que recebera de nós e em seguida se afastou com sua matilha... Hoje existem estudos sobre telepatia animal em obras científicas de Rupert Sheldrake, conforme artigo citado na revista 'Nova Consciência', como também de um cientista italiano, que intitulou o seu livro com a questão: 'Os Animais Tem Alma?'

- Quem vivencia direta e primeira mão uma experiência ampla e profunda, descobre existir por trás de todas as formas de vida uma constante transformação da essência-energia inteligente e imortal, manifesta em invisíveis ondas e partículas como energia quântica… Vivenciamo-la aos 34 anos, em meio às ruínas de antigo castelo templário no Sul da França, destruído pelos Cruzados há 700 anos atrás, numa inesperada regressão a vida passada...

Naquele lugar, experienciei existir no âmago de cada ser vivo e por trás do homem exterior (nossa veste espacial de carne e sangue que oblitera a consciência e visão), um Amor inexprimível, presente em tudo como essência-energia, que interliga invisivelmente tudo, todas as coisas e todos os seres no Universo. E tão logo esta energia-amor fluiu do nosso ser profundo, repercutiu de imediato na essência de cada pedrinha e flores na relva, das ruínas e das poderosas montanhas ao redor, numa indescritível resposta de Amor de todos os seres!...

Muito antes da descoberta quântica, o Chefe Seattle deu um testemunho incrível ao presidente dos EUA, em 1854: “Todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro [alento, energia]… As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família… O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo”… [Clic: ‘A Teia da Vida’ - Chefe Seattle].

Voltando à morar em Friburgo, entramos em contato casual com jovens pesquisadores que, ao saber de vivências diretas noutros níveis da consciência (aos seis meses de casados minha esposa experienciou a 'quase-morte'; pôde ir e vir à outra dimensão da vida, lembrar sua esquecida missão e tornar-se vegetariana). Todas essas experiências profundas nos levaram à busca do Caminho, estudos e viagens à Holanda, Alemanha e Sul da França...

Os jovens sugeriram criarmos um site livre de dogmatismo e sectarismo (daí o lema: “Citarei a verdade onde a encontrar”). Selecionamos temas que ampliam a visão e a compreensão do sentido da existência, quem de fato somos e a vastidão de nosso ser profundo... Iniciado em 2003 e sem fins lucrativos, dedica-se àqueles que buscam, na expressão de Carl Jung, “a verdade que não limite, mas amplie; que não obscureça, mas ilumine”. (‘O Segredo da Flor de Ouro’, p.16. Vozes. 1983).

“Conhecer as qualidades do anjo da guarda, ajuda no autoconhecimento; elas podem espelhar o que digitamos para a vida atual (no arquivo do ‘Inconsciente’)”. Cada um de nós nasce numa condição favorável ou desfavorável, fruto do que semeamos na Teia da Vida, através da energia quântica… Mas algo nos diferencia no nível humano: "Sois deuses". V. configura hoje seu destino amanhã! Provém daí o dito: ‘Maktub' - 'Estava escrito!’

E você ainda não acredita em ‘coincidências significativas’, nem em anjos?! Sinceramente, seja mais inteligente do que Issac Newton: Deixe de esperar uma ‘ajuda cair dos céus’ sobre sua cabeça, para acordar e fazer suas descobertas! Ou acontecer fortes embates na vida como ocorreu conosco, para despertar e sair atrás de respostas mais amplas e vislumbrar a vastidão dentro de nosso Ser!…
Ah! E lembre sempre de ficar de olho e atento aos sinais e às 'coincidências significativas' enquanto 'navega' no seu dia-a-dia, e descubra por que: "Nada acontece por acaso"…

Luz, Saúde e Paz! Natal. 2008.
Clic e conheça tb: www.magisterlux.com/ (Ensinos-Luz)
(Friburgo. Campos de Raphael).

PENTAGRAMA ( Poema). Hilarion.

‘Portal de Hórus’
‘Desvele os Mistérios’
[Clic nas imagens para abri-las]P E N T A G R A M A


Símbolo do milagre de minha última revelação,

Antes da grande oni-transformação,

Pentagrama - eu Te saúdo!

Tu és para mim, ó Estrela de cinco pontas,

Símbolo do meu a u t o d e s p e r t a r...

E da hora de minha redenção que se aproxima,

Pois, o Deus em mim nasce flamejante! - - -


Ó Estrela de cinco pontas, símbolo protetor do eterno em mim,

Que banes as forças inferiores em minha alma e me liberta -,

Irradia em mim! Mágica imagem mágica do Homem cósmico,

Pentalfa: Teu centro quíntuplo é a pátria de minha Alma…

“O longínquo Oriente”, de onde provém a “luz”, que me ilumina,

E desperta em mim o Espírito flamejante,

Para a unificação com o divino...

Irradia para o Alto, ó símbolo da Luz, -

Até te transformares na p i r â m i d e,

E libertares em mim o Deus adormecido! - - -
Sou ainda uma esfinge - - transformada apenas pela metade…




Um centauro - - metade animal, metade deus!

Todavia, “o símbolo do filho do homem”,

Com maior fulgor irradia em meu coração…

Mais fulgurante, da estrela quíntupla irradia, -

Os raios que anunciam o inflamar de Deus no microcosmo! - - -


Eu te invoco, ó Estrela f l a m e j a n t e, a inflamares

O meu coração e despertares em mim o Cristo que Tu anuncias!

Imagem genuína de meu voltar-se a Deus e da ressurreição,

Do meu inflamar e harmonizar em Deus! –

Cumpra o meu Destino! - -

Pois Deus quer despertar em mim! –

Salve, ó misteriosa Estrela-Esfinge,

Cujos braços se estendem em busca do Infinito,

Na procura do Incomensurável Único!

Salve, ó Símbolo-Esfinge,

Que me desvendas o meu próprio segredo:

A Esfinge em mim, o “Deus Desconhecido”…

Das minhas profundezas se eleva o Espírito-Deus,

E brilha em quíntuplo fulgor para o Alto,

Acima de todos os mares de minha Alma! - - -

Só para aquele que não consegue reconhecer,

Tu és um Segredo (Enigma) não desvendado…

Para os meus olhos repletos de Divindade,

A Tua imutável inércia tornou-se Vida viva e ativa…

Meu coração reconheceu o Teu sentido mais profundo - -

Meu coração sabe que também Tu,

Assim como todos os símbolos,

É um dos “Nomes ocultos de Deus”. - -

Nenhuma luz de fora me iluminou; - -

Unicamente o meu amor por Ti, Pentalfa,

Acendeu a Luz em mim,

Transformou toda a treva em pleno Conhecimento!...

O meu amor a Ti, ó Esfinge,

Que eternamente Te manifestas de novo,

Tornou-se o despertar para a Tua Vida interior,

E cognição do mais profundo Mistério do meu Ser…

Eu Te desvendo, ó Esfinge,

Eternamente indagadora, que abrigas no Teu Ser

A Sabedoria-Final de todos os Mistérios!

Eu me curvo ante o Abismo-Luz do Teu coração…

E ouço o sussurro da Tua Eterna Revelação:

- “Eu Sou, aquele que, consciente, sempre de novo retorna!
Eu Sou, aquele que era, que é, e que de novo será!” -
[Extraído de ‘Der Gott in Dir’ ('O Deus em Ti’). Hilarion, vol. 7. Tradução de Imelda Campos]. [®]


PENTAGRAMA PITAGÓRICO E A DIVINA PROPORÇÃO

'Olho de Hórus'
'O Portal aos Mistérios'
‘Harmonia, Proporção e Secção Dourada’[

“À crença de que o número é a base de todas as coisas os pitagóricos acrescentaram outra – a de que tudo tem sua própria proporção adequada, o que resulta em harmonia. Diziam que, na verdade, não só o número está subjacente à realidade, mas também uma teia invisível de razões e proporções”.

Os pitagóricos valorizavam a razão e a proporção como marcos do raciocínio; a própria palavra racional significava a capacidade de compreender razões. Pregando e praticando a moderação em todas as coisas, eles viam o meio-termo como o caminho para a sabedoria.

‘Aconselhavam o meio-termo no casamento (nem acima, nem abaixo de si mesmo), na comida, na bebida e nos exercícios. Em questões de dinheiro, “nunca seja pródigo”, aconselhava o sábio “nem se mostre sovina”, mas ache o meio-termo’.

“Na geometria, o meio-termo era a secção dourada, estimada como a proporção ideal. Uma secção dourada é uma linha dividida em partes desiguais, de tal modo que a parte menor esteja para a maior como esta para o todo; diz-se então que as duas partes estão na razão dourada. Esta divisão, particularmente agradável ao olhar ocorre na natureza”.

‘A secção dourada figura em algumas operações geométricas intrigantes, descritas abaixo’.

Uma estrela de cinco pontas, ou pentagrama, é formada pelo truque simples de estender os lados de um pentágono regular até as linhas se encontrarem. Ligar os vértices do mesmo pentágono cria outro pentagrama. Mais até do que a facilidade de criação, o que parece mágico em relação a essa figura é que cada lado do pentagrama passa através de dois outros pontos que fazem deles secções douradas. Além disso, a base de cada ponta triangular do pentagrama está em u ma proporção de razão dourada com cada um de seus lados...
“Os pitagóricos chamaram o pentagrama de Saúde, e adotaram-no com insígnia”.
(Extraído de ‘Mistérios do Desconhecido – ‘Tempo e Espaço’. Abril Livros. 1993). [Publicado em TERÇA-FEIRA, 2 DE DEZEMBRO DE 2008].
(Campos de Raphael)